o Preço de uma piada (sem graça)

sábado, 8 de outubro de 2011 |



confesso: já havia desistido de escrever, d
esistido do universo jornalistico. "Para que?, não me serviu", pensava
.
Mudei de ideia após ver cair por terra algo que julgava fato: Não existe mais censura no Brasil. Não como aquela da época da ditadura militar (1964-1985), que impunha "ordem" pela repressão. Ledo engano!

O assunto mais comentado dos últimos dias me fez querer, outra vez, "empunhar a pena".
A reação mais que exagerada a uma piada ruim sobre a cantora Wanessa Camargo, feita pelo jornalista e humorista Rafinha Bastos, do CQC da TV Band.

Dizer que "comeria ela e o bebê" foi uma forma tola de afirmar que faria sexo com a cantora, independentemente do fato de ela estar grávida. Foi apenas uma piada sem graça (literalmente).
Não vejo motivo para tanta revolta( alguém deixaria de fazer sexo com uma mulher grávida? ainda que seja a própria mulher?)Até Marco Luque, colega de bancada de Bastos o condenou em nota enviada a imprensa. Acredito que o afastamento de Bastos da bancada do CQC, pela direção da Band tenha ocorrido unicamente devido a ameaça do marido de Wanessa de retirar anunciantes do programa. Ou seja, mexeu no bolso, ja era.


Um forte movimento de caça às bruxas está ganhando força no Brasil, no sentido de cercear a liberdade de expressão. Apontam sua metralhadora para humoristas, novelas ( veja o caso mais recente) e até na música. A patrulha da pseudo-moral aparentemente iniciada pelo governo está ganhando corpo na sociedade.

Apontar o que se pode ou não pensar e falar e punir aqueles que ousam transgredir tais demarcações é um importante passo para tolher a liberdade de expressão. Concordar com a punição ou omitir-se ante a mesma é incentivar o aumento da censura desmedida.
È permitir a volta dos anos de chumbo e a criação de um ato institucional mais terrível que o AI5.

Você pode até achar o texto exagerado. Bem, é isso mesmo que eles querem...


"Não concordo com uma só palavra do que diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dize-lo". Voltaire
Seria este o "beijo do Judas"?



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