Consciência Negra

O dia da Consciência Negra é feriado em pelo menos 225 municípios do país, de acordo com o site da Agência Brasil , porém Salvador não está entre eles. Justo a cidade que se orgulha de ser " a mais negra fora da Àfrica", como se diz por aqui.

Longe de reivindicar o feriado (nem tanto assim), este exemplo serve como uma tentativa de ilustrar o descaso das autoridades da capital baiana no que diz respeito a temas que concernem ao povo negro.

Pesquisa recente do Dieese ( Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sociais e Econômicos), revela que em Salvador e região metropolitana os negros ainda são maioria fora do mercado de trabalho. Num total de 372 mil desempregados, 332 são afro-descendentes. No mercado de trabalho a situação também é de desigualdade. O negro recebe 49% do salário de um não-negro, isso representa R$ 4,75 por hora trabalhada contra R$ 9,63 para um não negro.

Estes são alguns fatores negativos que acometem a população afro-descendente e a mantém aquém do convívio social aceitável.

Comemoração

A data foi instituída a partir das lutas do Movimento Negro por todo o país, a fim de celebrar à memória de Zumbi, o mais famoso líder do Quilombo de Palmares, um dos principais símbolos da resistencia dos negros à escravidão. É também um dia de comemoração aos ideais de igualdade entre os povos e manifestações contra o racismo.

Ante as mudanças que se fazem necessárias, o 20 de novembro precisa ser também motivo de reflexão acerca da relação entre negros e brancos no Brasil e na busca incessante pelo ideal concretizado em Palmares: igualdade entre negros indios e brancos.

Não por acaso o Quilombo que chegou a ter 30 mil habitantes, era também chamado República de Palmares.

com informações de atarde.com.br e r7.com